Três trabalhadores da barragem do Tua morreram ontem na sequência de um deslizamento de terras nas obras que estão a decorrer junto à Foz do Tua, disse à Lusa o comandante distrital de Operações de Socorro de Vila Real.

O acidente ocorreu cerca das 14h00 na margem esquerda do Tua e para o local foram canalizados cerca de 20 bombeiros, elementos da GNR, um helicóptero e o INEM.

A GNR de Bragança confirmou a morte dos três trabalhadores. O vereador da Protecção Civil de Alijó, Adérito Figueira, disse à Lusa que o acidente ocorreu na sequência do deslizamento de uma máquina, que, por consequência, arrastou uma grande quantidade de terra que foi atingir os três trabalhadores.
Segundo o responsável, os operários ficaram soterrados.

Adérito Figueira referiu ainda que o local é de difícil acesso e as comunicações complicadas .

A EDP accionou de imediato o Plano de Emergência e vai abrir um inquérito ao deslizamento de terras que provocou a morte aos três trabalhadores, disse o Administrador.

António Ferreira da Costa disse à Agência Lusa que tudo indica que se tratou de um aluimento natural de terrenos, que acabaram por cair por cima do local onde se procedia aos trabalhos.

Os trabalhadores ficaram soterrados e, segundo o responsável, acabaram por perder a vida na sequência do acidente.

Dois dos operários são da área próxima à construção da barragem e foram contratados pela Mota Engil, enquanto o terceiro, contratado pela Somague, era de fora da região.

António Ferreira da Costa referiu que a Mota Engil disponibilizou psicólogos para acompanharem as famílias das vítimas.

Quanto ao deslizamento de terras, explicou que este ocorreu numa área geologicamente muito frágil e íngreme.

De imediato a EDP accionou o plano de emergência e circunscreveu a área do acidente, que ficará interdita até à realização do inquérito.

A Autoridade para as Condições do Trabalho de Bragança foi chamada ao local.

Fonte: Lusa

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