Está decidido, a alheira é uma das “7 Maravilhas da Gastronomia” portuguesa. Esta decisão de transformar a alheira transmontana num dos produtos mais emblemáticas da nossa tradição gastronómica foi tomada pelos portugueses, numa votação nacional que decorreu a partir de um site entre os dias 7 de Maio e 7 de Setembro.

A alheira de Mirandela, o queijo Serra da Estrela, o caldo verde, o arroz de marisco, a sardinha assada, o leitão da Bairrada e o pastel de Belém foram os pitéus eleitos como as "7 Maravilhas da Gastronomia" nacional, tendo sido a alheira de Mirandela a recolher na totalidade o maior número de votos.

Ao todo foram recepcionados 899069 votos, anunciou ontem a organização desta iniciativa durante um espectáculo promovido para o efeito na antiga Escola Prática de Cavalaria de Santarém .

As iguarias eleitas foram as mais votadas de uma lista de 21 escolhidas por um painel de especialistas, que seleccionou três pratos pelas categorias de entradas, onde se inseriu os pastéis de bacalhau, alheira de Mirandela e queijo Serra da Estrela; sopas como açorda alentejana, caldo verde e sopa da pedra; Marisco - amêijoas à Bulhão Pato, arroz de marisco e xarém com conquilhas ; peixes como os pratos de bacalhau à Gomes de Sá, polvo assado no forno e sardinha assada; carnes , onde se enquadravam a chanfana, leitão da Bairrada e tripas à moda do Porto; caça como pratos decoelho à caçador, coelho à Porto Santo à caçador e perdiz de escabeche de Alpedrinha e doces onde estiveram delicias como o pastel de Belém, pastel de Tentúgal e pudim Abade Priscos.

A Alheira de Mirandela (Trás os Montes e Alto Douro - Mirandela), absorve esta denominação por estar associada ao principal local de comercialização e expedição, a cidade de Mirandela, é o enchido regional mais consumido e conhecido no país, mais envolto em mistério e único no mundo.

Este enchido, cuja origem é radicada por alguns historiadores na comunidades judaicas que durante a Idade Média viveram em Trás-os-Montes, constituiu durante muito tempo um produto de presença diária durante os meses de inverno na região transmontana, constituindo só por si uma refeição. Actualmente é sobretudo utilizada e servida como entrada aos melhores manjares festivos e domingueiros.

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