O Nordeste Transmontano passou mais uma década a perder população. Está difícil de estancar o processo contínuo de desertificação humana do distrito de Bragança e de todo o interior do país, quem o confirma são os dados provisórios dos últimos censos, recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os dados apurados no presente ano, no distrito de Bragança vivem actualmente 136. 459 pessoas, menos 12 mil habitantes do que há cerca de uma década. Efectivamente, a região nordestina perdeu nos últimos dez anos mais de 12 mil habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, que confirmam a tendência de desertificação do interior do país, sobretudo das zonas rurais.

De acordo com as estatísticas oficiais, este distrito perdeu 12424 pessoas, passando de uma população de 148883 habitantes para 136459.

Do conjunto dos 12 concelhos que actualmente estruturam o distrito, apenas Bragança ganhou 595 pessoas, as restantes 11 circunscrições concelhias perderam população, com destaque especial para o concelho de Mirandela, donde saíram mais de 1900 habitantes.

A cidade de Mirandela, apesar de tudo, ganhou cerca de 900 habitantes novos, sendo que no seu conjunto o saldo é manifestamente negativo para a totalidade do território concelhio.

Também Carrazeda de Ansiães perdeu em média 20% da população, uma percentagem que coloca o concelho entre os territórios do interior que mais perderam população nos últimos 10 anos.

Segundo os dados recentemente apurados pelo INE, em Bragança residem actualmente 35. 319 pessoas, em Mirandela 23.913 e em Macedo de Cavaleiros 15.844. Estes 3 núcleos urbanos agrupam a maioria da população que habita na região.

Os restantes concelhos ficam marcados por um reduzido número de habitantes, com destaque para Freixo de Espada à Cinta com apenas 3.798 residentes.

O cenário em Vila Real também não é melhor. Entre 2001 e 2011 cerca de 16.500 habitantes abandonaram as localidades dos concelhos que integram este distrito.

Os dados apurados nos Censos 2011 estão já disponíveis online através do site do INE.

Enviar um comentário